segunda-feira, 20 de julho de 2009


Deficiências

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter conciência de que é dono de seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é quem não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: "Miseráveis" são todos aqueles que não conseguem falar com Deus.
Mário Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 - 05/05/1994)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

Quem foi meu Monteiro Lobato?

Eu já havia terminado a 8ª série do 1° grau, quando ainda não tinha me envolvido no mundo da literatura. A escola na qual eu estudava não ofertava o ensino do 2° grau e por conta disto fui tranferida para a escola Avertano Rocha, localizada no bairro onde moro, lá conheci uma professora, que ainda lembro como se fosse ontem a maneira como ensinava, sua expressividade era marcante denunciando a paixão que tinha por ensinar literatura, seus olhos claros brilhavam cada vez que falava e eu dizia que se ela fize-se teatro se sairia maravilhosamente bem, pela facilidade que tinha de expressar-se, de interpretar, de incorporar-se na história.
A professora Helana Chaves foi meu Monteiro Lobato, me incentivou através do seu jeito de ensinar, a ler, a procurar conhecer o que estava oculto aos meus olhos e pensamentos, o que antes não me dava prazer transformou-se em uma necesidade emergencial que eu passava a desejar e por conta disto me interessei por várias temáticas que me ajudaram até a participar do concurso de litratura promovido pela NESTLÉ, neste período descobri o quanto estava adormecida, distante de um mundo de sonhos , de fantasias, de reflexão...Meu amor pela leitura nasceu das experiências que vivi na sala de aula, planejadas e realizadas pela professora Helena, o que mais me motivou foi o fato de eu perceber que seus incentivos tinham uma intencionalidade que partia do real, o desejo que demonstrava em nos ver envolvidos no mundo da literatura era vizível.
Lembro quando meus colegas de sala diziam que ela não passava de uma louca que só queria enlouquecer também os alunos. Se iso era verdade foi bom porque sua loucura me induziu a trilhar caminhos antes deconhecidos, cheias de um imaginário que também denunciava cenas da vida real e que me fizeram enchegar o mundo de outra maneira. Hoje agradeço á professora Helana Chaves por me mostrar que a literatura tem vida e só existe um meio pelo qual podemos conhecê-la: pela leitura.